domingo, 2 de dezembro de 2007

Afinal, o que é integração?


As histórias, jogos, vivências, danças, cirandas, exercícios de respiração e relaxamento, massagem...os infinitos jeitos de aprender e ensinar permitem, através da integração, o encontro consigo, com o outro e com o ambiente. No entanto, para que os momentos de aprendizagem gerem integração de fato, é necessário atentar para a necessidade de diversidade, diálogo, amor, convivencialidade, relacionamentos, compromisso com o mundo e auto conhecimento.

Integração exige diversidade
"Trans é a essência do ser humano; precisamos transcender as disciplinas, culturas, individualismo e ir ao encontro do outro. Este movimento em busca da felicidade não é para nós, mas para toda a humanidade."
Ubiratan D’Ambrosio

Integração exige diálogo







"O indivíduo e seu meio interagem e se comunicam, ensinando e aprendendo ao mesmo tempo." Hugo Assman





Integração exige amor



"Um projeto comum não surge da coincidência de interesses...no máximo dali surge uma aliança, uma coincidência transitória. Um projeto comum somente surge no caminho do amar." Maturana







Integração exige
compromisso com o mundo


"Estar no mundo
sem fazer história, sem por ela ser feito, sem fazer cultura, sem tratar sua própria presença no mundo, sem cantar, sem musicar, sem pintar, sem cuidar da terra, das águas,
sem usar as mãos, sem esculpir, sem filosofar,
sem fazer ciência ou teologia, sem assombro em face do mistério, sem aprender, sem ensinar, sem idéias de formação, sem politizar, não é possível." Paulo Freire








Integração exige convivencialidade
"Estar no mundo necessariamente significa estar com o mundo e com os outros." Paulo Freire
Integração exige relacionamento
"O processo do diálogo produz educação libertadora, e proporciona a tomada de consciência dos indivíduos." Paulo Freire
"O viver humano se dá em redes de conversações." Maturana

Integração exige relação entre o intelecto e o afeto
A educação é uma partilha de afetos, sensibilidades, conhecimentos, saberes, expectativas e experiências, atitudes e valores, de sentido da vida. Rubem Alves

Integração exige relação consigo, com o outro e com o meio
Viver e conhecer são mecanismos vitais. Conhecemos porque somos seres vivos e isso é parte dessa condição. Conhecer é condição de vida na manutenção da interação ou acoplamentos integrativos com os outros indivíduos e com o meio.
Maturana

Integração exige auto conhecimento
"Todo indivíduo constitui em si mesmo um cosmo.Traz em si multiplicidades internas, uma poliexistência no real e no imaginário." Edgar Morin







quarta-feira, 21 de novembro de 2007

SIM - 1o Seminário internacional do Mercosul - Integração na Tríplice Fronteira





A experiência na educação infantil, no ensino fundamental, no ensino médio, na educação superior e nas pós graduações nos mostram o quanto as pessoas precisam aprender sobre si – nos cursos e oficinas que ministramos, nos artigos e livros que escrevemos, vemos que profissionais de todas as áreas, estudantes, professores, pais, mães, merendeiras, comunidades carentes, médicos, engenheiros, agrônomos...nas mais diversas áreas e nos diferentes grupos sociais, percebemos que cada um está buscando a sua integração.

Mas como promover esta integração? A necessidade de integração cultural dos países da tríplice fronteira exige antes a integração de cada um enquanto indivíduo, depois a integração com o outro e com o ambiente. É uma reação em cadeia.

Mas como fazer isso? Neste último final de semana experimentamos a maior e melhor de todas as integrações. Participando do SIM - 1o Seminário Internacional do Mercosul - A educação na tríplice fronteira, vivemos situações onde era necessário superação, cooperação, determinação... e acima de tudo integração.

Vejam as imagens!

domingo, 28 de outubro de 2007

1o Seminário Internacional da Educação na Tríplice Fronteira


Queremos divulgar aqui mais uma de nossas atividades. Desta vez, estaremos falando para educadores dos países do Mercosul. O evento acontecerá nos dias 15, 16, 17 e 18 de novembro.
Para saber mais sobre o evento e fazer a inscrição no seminário e mini-cursos, acesse o site da MASTER EDUCACIONAL

Tema: "Reconstrução de um Novo Olhar
para a Integração Cultural do Mercosul"


Palestrantes:

- Me. JOSE PACHECO - "Fundador e Ex-Diretor da ESCOLA DA PONTE"

- Dr. HUGO FERREIRA GONZÁLEZ - Reitor da UTIC

- Dr. GERARDO FOGEL PEDROZO - Sociólogo - Ex. Vice Ministro da Cultura e Membro da UNESCO - PY

- Dr. RENAN MAXIMILIANO FERNANDES SAMPEDRO - Pós Doutor em Educação Física, Delegado Internacional da Utic, Coordenador Pedagógico da Master, Coordenador do curso de Movimento Humano da Universidade Metodista de Santa Maria - UFSM, Coordenador do Doutorado em Movimento Humano da MASTER-UTIC


"MEIO AMBIENTE" - Como Fator de Integração
- Dr. ROBERTO ROCHE - PDSc - Ucla - PDSc Aberdeen / Escocia - Phd - UCLA - USA - MBA Harvard

"SEMIÓTICA" - Prof. PDSc ADAIR CAETANO PERUZZOLO - UFSM

"PROJETO NÃNDEVA" - Prof. ANA CRISTINA NÓBREGA - PTI - Itaipu Binacional

"PEDAGOGIA DO AMOR" - Como Fator de Integração
- Me. DALAL EL ACHKAR - UNIVILLE - ONG - COOPERA BRASIL - Revista Pediatria Dia-a-Dia
- Me. WANNISE DE SANTANA LIMA - Inteligência Aplicada - FTC / SSA.



terça-feira, 25 de setembro de 2007

O SESI Paraná encontrando novos Jeitos de ver a vida




Estes foram alguns dos deliciosos jeitos de ver a vida que os participantes do Enconto no Sesi Paraná descobriram!

terça-feira, 21 de agosto de 2007

Workshop Jeitos de ver a vida - SESI /PR



Agora em agosto, dia 21, quem estará descobrindo novos Jeitos de ver a vida são os profissionais do SESI/PR. Preparamos uma programação especial, com direito a filmes, jogos, cirandas, paráquedas e muita alegria! Para compartilhar um pouco deste trabalho, descreveremos aqui como usar as Cirandas para ajudar o seu grupo a resgatar valores da infância. As Cirandas permitem, através da integração, o encontro consigo, com o outro e com o ambiente.
Além disso, elas têm o poder de resgatar a alegria da infância...e fazer coisas de criança é um doce Jeito de ver a vida!

Alecrim

Alecrim, alecrim dourado que nasceu no campo sem ser semeado

Participantes saem do círculo, caminhando em várias direções e fazendo movimentos com as mãos como se estivessem semeando.

Alecrim, alecrim dourado que nasceu no campo sem ser semeado.

Repete o movimento voltando para o círculo.

Foi meu amor, que me disse assim que a flor do campo é o Alecrim.

De mãos dadas, andar para a direita.

Foi meu amor, que me disse assim que a flor do campo é o Alecrim.

De mãos dadas andar para a esquerda.


Peixe vivo

(Clique aqui e faça o dowload da música)

Como pode um peixe vivo viver fora da água fria

Caminha p/ direita

Como pode um peixe vivo viver fora da água fria

Caminha para a esquerda

Como poderei viver

Caminha para frente

Como poderei viver

Caminha para trás

Sem a tua, sem a tua, sem a tua companhia.

Solta as mãos e apontando para 3 pessoas, uma de cada vez,

Olhando nos olhos, anda pelo espaço misturando-se. Abraça a pessoa que você apontou por último.

Fonte: Domínio Público

segunda-feira, 30 de julho de 2007

Na FGV, candidato faz prova oral


Uma das manchetes do caderno de Educação do Jornal Folha de São Paulo foi a seguinte:

Na FGV, candidato faz prova oral


A matéria trata da nova modalidade de prova, implementada pela Fundação Getúlio Vargas, para os candidatos ao vestibular de Direito. "No vestibular, há prova oral, implementada para avaliar a agilidade de raciocínio e a fluência verbal, características relevantes na carreira de um bacharel em direito."
A agilidade de raciocínio e a fluência verbal são características importantes para qualquer carreira. No entanto, é preciso preparar, formar o aluno para estas tarefas. Tanto escolas como empresas podem encontrar jeitos agradáveis de garantir esta formação. As histórias, os jogos, as músicas são excelentes recursos para este fim. Se na formação, a aprendizagem for prazeirosa e significativa, os resultados nas "provas" inclusive de vestibular, serão satisfatórios.
No livro "Jeitos de Ver a Vida - aprender e ensinar" apresentamos várias sugestóes de como trabalhar a agilidade de raciocínio e a fluência verbal. Veja aqui um dos exemplos.

quem conta um conto...

Contar histórias é uma excelente atividade para desenvolver a imaginação, o raciocínio lógico, e a criatividade. No entanto, estamos acostumados a ouvir... poucas vezes nos é permitido contar histórias. Desta vez, o seu grupo vai ser o autor, construindo coletivamente uma linda história. Veja como é simples:

Recepcione cada pessoa do seu grupo com um afetuoso abraço e peça a ele um algum objeto importante. Explique que ao final da aula o objeto será devolvido. Coloque todos os objetos em um saco de forma que ninguém veja o que está dentro.

Sentados em círculo, a história começa. Você deve tirar um objeto do saco e contar um conto... Em seguida, passa o saco para um dos participantes que deverá continuar o seu conto, aumentando um ponto a partir do objeto que ele tirar. O grande desafio é garantir o sentido da história até o final.



Jeito de ver a vida:

Esta é uma ótima oportunidade para o exercício da criatividade, rapidez de raciocínio e encadeamento de idéias. Pode ser usado para avaliar conceitos trabalhados, textos lidos, conteúdos que precisam ser memorizados. Você começa assim... com base no texto que lemos, e no que aprendemos sobre ele, vamos construir uma história, usando estas coisas de valor que são de vocês e estão no saco.

Lembre de escolher alguém para registrar a história... pode ser por escrito ou gravada.

Quem conta um conto prova que a criação é um excelente Jeito de ver a vida.


Falar nem sempre é fácil, tenho um ótimo exemplo de quem sabe falar muito bem:


sexta-feira, 27 de julho de 2007

Como Adquirir o Livro Jeitos de ver a vida - Aprender e ensinar

Caros amigos e amigas, no livro Jeitos de ver a vida - Aprender e ensinar, da Editora CEPEC as autoras Dalal El Achkar e Wannise Lima apresentam sugestões de histórias, jogos e vivências que podem ser usadas por profissionais que desejam aprender e ensinar jeitos prazerosos de ver a vida!



Como comprar o livro:
Depósito Identificado Banco do Brasil

Agência: 1453-2/Conta Corrente: 13159-8
Valor do livro: 26,00 + taxas de correio


R

segunda-feira, 23 de julho de 2007

Voar! Um ótimo Jeito de ver a vida.


Para quem ensina e aprende, voar é fundamental!
Somente quem voa pode experimentar a beleza das "alturas" e a leveza das "nuvens".
Algumas vezes precisamos ajudar o nosso grupo, dar coragem para que ele consiga voar. Com a metáfora do vôo você pode tratar de temas mais densos, motivar os seu grupo para estudos mais profundos, animar a sua equipe para trabalhar de forma mais criativa, arrojada e corajosa. Temos várias sugestões que podem ajudar você.
A mais simples é simular um vôo, ouvindo a música Avião de Toquinho. Mande sentarem como em um avião, peça que arrumem as malas antes do vôo, separem o que vão levar para a viagem ( tudo com base no que você quer trabalhar - se é um conteúdo, quais os conhecimentos prévios necessários para esta "viagem"??, que habilidades e competências são necessárias para este vôo??)
A música é muito gostosa e os resultados são muito legais!
Outra idéia é usar jogos com bolas e pará-quedas. As bolas voam o tempo todo e precisam de impulso. Use alguns instrumentos para impulsionar a bola...a mão, depois em duplas com uma toalha ou lençol, uma raquete...depois do jogo converse sobre a necessidade de voar cada vez mais alto, como as bolas. Veja mais detalhes no nosso livro "Jeitos de ver a vida - aprender e ensinar"
Mas, se você pretende impressionar o seu grupo, monte uma viagem de balão!!! Isso mesmo! Existem empresas especializadas nisso. No nosso último trabalho em Porto Alegre, ouvimos o relato de uma médica que viveu esta experiência e foi surpreendente!!! Pesquisamos o assunto e aqui está a dica. Veja alguns sites que oferecem o serviço. Ao sabor do vento.

quinta-feira, 12 de julho de 2007

Dalal no Café com Debate na Livraria Paulus



Livraria PAULUS promove no projeto Café e Debate:

"Pedagogia do Amor para a Terceira Idade"

Dalal El Achkar

Autora do Livro: Jeitos de ver a vida – Aprender e ensinar

Docente: Profª Ms. Dalal El Achkar
Horário: 15h
Local:
Paulus Livraria
Inscrições:
Rua Jerônimo Coelho 119 - centro - Florianópolis
Tel.:
(48) 3223-6567

segunda-feira, 2 de julho de 2007

Filmes que ensinam Jeitos de ver a vida


Existem excelentes filmes nacionais que também nos ensinam Jeitos de ver a vida.
No filme "Dois filhos de Francisco", o pai deles nos presenteia com uma bela lição de determinação e fé. Em uma das cenas, ele compra um monte de fichas telefônicas e liga inúmeras vezes para os programas de rádio pedindo a música É o amor.
Nenhum sucesso ocorre por acaso.
clique aqui e assista o trailer do filme.

Aguardamos também os comentários de vocês, fazendo crescer a nossa relação.
Um grande abraço.

quinta-feira, 28 de junho de 2007

Minué







Quanta alegria!!!! Só mesmo um Bobo da corte baiano para alegrar o povo de um Rei e Rainha japoneses!!!!O que vivenciamos neste workshop do

VII Congresso de Stress da ISMA-BR

IX Fórum Internacional de Qualidade de Vida no Trabalho

foi a leveza e lição de que precisamos ativar a criança que existe em cada um.

Workshop - Pára-quedas

Encontramos um jeito colorido e divertido de driblar o stress!!!

WorkShop - Lanche com gosto de carinho e cuidado

Que bom poder compartilhar o alimento com o colega, sendo servido por ele!!! Esta foi uma das vivências de ontem no workshop do

VII Congresso de Stress da ISMA-BR

IX Fórum Internacional de Qualidade de Vida no Trabalho


..

WorkShop - Pedagogia do amor, vivendo valores


Fizemos ontem o workshop "Pedagogia do Amor - vivendo valores, para os participantes do

VII Congresso de Stress da ISMA-BR

IX Fórum Internacional de Qualidade de Vida no Trabalho

Experimentamos uma noite de sonhos, com direito a Rei, Rainha, Bobo da Corte, muito riso, cooperação, convivencialidade, alegria e amor!!!! Foi uma verdadeira festa!
Para nós foi muito gratificante compartilhar com vocês os Jeitos que encontramos de ver a vida.
As histórias, jogos e vivências praticados ontem estão descritos com clareza no nosso livro!

terça-feira, 26 de junho de 2007

Mesa redonda - Técnicas para driblar o stress


Estamos participando do VII Congresso de Stress da ISMA-BR. Logo mais, às 8:30 Dalal estará na Mesa redonda Técnicas para Driblar o stress, relacionando a sua história de vida com belos filmes. Com certeza será uma fala emocionante!!! Publicaremos logo mais os resultados deste trabalho, aguarde...

segunda-feira, 25 de junho de 2007

Prefácio do livro - Professor Francisco Fialho


O Professor Francisco Fialho nos presenteou com um belo prefácio. Com ele aprendemos que sentir é um belo Jeitos de ver a vida. Nas suas aulas, utiliza as maiores e melhores ferramentas para tratar de temas relevantes, primando sempre pelo belo. Leia abaixo o prefácio.

"Ver um mundo num Grão de Areia

E um Céu numa Flor Silvestre,

Ter o Infinito na palma da sua mão

E a Eternidade numa hora." (William Blake)

Brincar é preciso. Viver não é preciso. Diante da perplexidade das mudanças vertiginosas, característica de nossa época, emergem novas visões de homem e de mundo em que se inserem as discussões e as buscas por uma realidade mais pacífica, segura e saudável. Redescobre-se o Homem, criador e criatura, enquanto matéria prima de todo engenho, de toda a arte.

Platão falava de um lugar incrível, em que residiriam entidades arquetípicas como o Belo em Si, o Bom em Si e outros senhores de fraque e costeleta. Para Gregory Bateson, o filósofo da ecologia profunda, sagrada, é preciso entender que o nome não é a coisa e o mapa não é o território.

Teremos, de fato, algum Mundo Real onde árvores sejam árvores e territórios sejam territórios? Somos homens capazes de se sonhar borboletas, ou borboletas a sonharem-se humanas? Afinal o que é essa seriedade que se entristece só por negar a criança que existe dentro de cada um de nós.

Filosofar é fazer amor com as idéias, vadiar com elas em algum mundo proibido e se deixar levar como um garoto moleque junto com as bolinhas de sabão em meio ao pólen das flores e os raiozinhos de luz a se refletir no ar.

Lembro de Gil e do seu medo que não tivéssemos mais noites de luar por causa dos astronautas. Guilherme Arantes gritava em alto e bom som: “Quem foi que disse que eles podem vir aqui, nas estrelas fazer xixi“. Quem são esses intrépidos argonautas querendo transformar em ciência o que antes era apenas objeto da Filosofia?

O Mundo das Idéias é um recanto sagrado, onde reside o oculto do oculto, as intenções que existiam nas mentes dos artistas ao criarem suas obras. Qual a conseqüência do lúdico nos atores que dividem o cotidiano?

Lacan busca a comunicação perfeita, a palavra mágica capaz de deslocar a psique, como o mago Don Juan, personagem / mito / realidade de Castañeda, para algum lugar de poder. Procura-se a não língua, lalangue, na lalação das criancinhas. Falo / falho; Tradutore, traidore; Trepalium, tripalium. Gestação, gestão, indigestão. Seria o brincar o resultado final desta busca?.

As idéias serão sempre sonhos intransferíveis, de mentes criadoras, que se transformam em representações nas mentes dos aprendizes. Jamais descobriremos (talvez nem mesmo a Dalal e a Wannise saibam direito ...) o significado, esse tal sentido, tão desnecessário e, paradoxalmente, tão tolamente perseguido.

Como diz Pessoa (qual deles?): Eu não tenho filosofia, eu tenho sentidos e se eu falo sobre a natureza não é porque eu saiba o que ela é; é porque eu a amo e amo-a por isso, porque quem ama nunca sabe o que ama, nem por que ama, nem o que é amar.

Todo livro habita um terceiro mundo, o Mundo das Sombras, das Representações, necessárias para que comuniquemos nossos pensamentos e possamos, de alguma forma, escapar ao cogito, agindo de forma comunicativa, como quer Habermas.

Todo conhecimento é falso, tolice a correr atrás do vento, como diria o sábio Salomão, ou erros que o cozimento do tempo nos faz crer que sejam verdades, no dizer de Deleuze. Acreditamos, com Hegel, que nada existe fora do espírito. Fantasia é realidade e realidade é a fantasia que fazemos de conta ser real. Pois bem, falemos pois destas fantasias com as quais tecemos os nossos sonhos, desenhamos as nossas ilusões.

Peter Drucker diz: “O conhecimento não é apenas mais um recurso, ao lado dos tradicionais fatores de produção, trabalho, capital e terra, mas sim o único recurso significativo atualmente”.

Tudo é milagre ou nada é milagre como diria Einstein. Todo conhecimento é criação da mente, farsa ou drama a agitar neurônios, convocar sinapses e atravessar campos de forças nos pântanos e jardins do córtex cerebral.

Nessa metáfora da fantasia que denominamos de realidade criamos, com o nosso saber (seria melhor se fosse sabor) um quarto tipo de mundo / mundos, os tais mundos virtuais de nossa cibercultura. Enquanto os mundos virtuais espelham sonhos humanos, nos perguntamos pelo sonhador desse mundo que Platão denominava Real e onde situava seus eidolons.

Tudo o que realizamos se sustenta em pressupostos e esses, como defende Maturana, se apóiam em uma forma de emocionar vivenciada dentro de uma cultura. Agimos com base nesse emocionar que, em nosso caso, é o medo do outro. O caminho para se perder esse medo passa, necessariamente, pela busca pelo conhecimento. Um conhecimento que não tem significado se dissociado do sentir.

Nessa ilusão, coletiva ou não (afinal, o coletivo é ilusão?) participamos da idéia, que permeia entre os sisudos e adultíssimos (como diria a deliciosa Emília de Lobato) acadêmicos, de que conhecer é criar.

Conhecer não é coisa passiva, algo que está fora e que é percebido por alguém. Conhecer é dialética e dialógica, é transformação e destruição, é criar e recriar-se em um processo contínuo. Oroboro, a serpente mágica a devorar o próprio rabo. Não há conhecimento sem emoção e nem emoção sem conhecimento

Gestar o conhecimento / emoção deveria partir desse pressuposto: O poder criativo e destrutivo do conhecimento / emoção e, a partir daí, buscar usar esse poder como instrumento de promoção de cidadania.

As imagens, ou as visões que criamos, são muito significativas e determinantes para a subjetividade da realidade, e conseqüentemente para a cognição de nós mesmos e da caverna em que sobrevivemos. Se acreditamos que tudo é fantasia, certo é que acreditar no milagre faz bem ao corpo e a alma. Se o corpo precisa de pão a alma precisa de beleza. Não queremos apenas uma fantasia milagrosa, mas, acima de tudo, uma fantasia que seja bela, que nos alimente a alma.

Se como quer Rubem Alves, o trabalho de um Professor cozinheiro é o de preparar receitas, é no Mundo das Representações que estas receitas habitam, como livros mágicos, passados de mães para filhas, de mestres da arte culinária ciumentos de seus talentos para discípulos ansiosos por sabedoria.

Da escuridão das webs, dos vazios dos ciberespaços e das palavras e das coisas a circularem nas inter e intra nets, fez-se a luz, ou melhor dizendo, o virtual. Cria-se algo novo, uma inteligência coletiva, com a qual se dialoga, se inter-age comunicativamente.

O info-mar é o oceano que se abre aos que velejam em busca do conhecimento. Discordamos de Fernando Pessoa. Assim como Viver, Navegar também não é preciso. Ainda que existam as estrelas e as bússolas, o desejo do navegador será sempre algo misterioso.

Mundos virtuais, como diria Yates, são construções complexas tecidas pelos sonhos de seus construtores. Se os deuses do Olimpo contentavam-se com a Ambrósia e o Néctar, nós, meros humanos, desejamos mais, desejamos a variedade, a surpresa, um prato sempre novo, diferente.

Para o escultor Michelangelo "Tudo está dentro da pedra. Só raspamos as saliências necessárias". Se uma boa refeição demanda as mãos de um artista, é preciso outro artista para saborear, para qualificar sua obra. Uma cultura que faz do tempo seu inimigo não pode se beneficiar das obras de arte. Obras de arte exigem atenção, vagar.

Nietzsche nos diz que: "Quem atingiu de algum modo a liberdade da razão não se pode considerar na terra outra coisa que um Peregrino, embora não um viajante rumando para uma meta final - pois esta não existe. Contemplará e terá os olhos abertos para tudo que acontece no mundo; não ligará o coração em definitivo a nada de único; deve haver nele algo erradio, pois a sua alegria está no mutável e no inconstante".

A relevância do livro que se vai ler não está em nenhuma resposta, mas na bússola a nos apontar caminhos por onde trilhar. Discute-se o brincar, os jogos que nos fazem sorrir e mesmo gargalhar (que é se intoxicar de tanto rir).

Afinal quem não desconfia que Deus é uma eterna criança, aquela mesma de Pessoa, e nós os brinquedos com os quais ele, criança Deus, se diverte.

Florianópolis, 21 de maio de 2007

Francisco Antonio Pereira Fialho

sexta-feira, 15 de junho de 2007

VII Congresso de Stress da ISMA-BR e IX Fórum Internacional de QVT


Trabalho, Stress e Saúde:
gerenciamento eficaz – da teoria à ação
26 a 28/6/2007
Centro de Eventos Plaza São Rafael, Porto Alegre / RS
Confira aqui as apresentações de Dalal El Achkar e Wannise Lima no Congresso:
Quarta-feira - 27/06/2007 - 8:30h
Mesa-redonda: Técnicas para driblar o stress
Avaliação comparativa de tratamento terapêutico para tratar stress ocupacional
Ana Maria Rossi, Ph.D. (RS) - precursora das técnicas de autocontrole e biofeedback no Brasil. Dirige a Clínica de Stress e Biofeedback, em Porto Alegre (RS). É presidente da ISMA-BR e representante brasileira na Divisão de Saúde Ocupacional da Associação Mundial de Psiquiatria (WPA).
Jeito de ver a vida
Dalal El Achkar (SC) - mestre em mídia e conhecimento. É consultora educacional na construção da Pedagogia do Amor, envolvendo jogos cooperativos, vivências e danças circulares.
Treinamento autógeno: uma técnica eficaz de relaxamento
Dr. Werner Zimmermann (SC) - psiquiatra com especialização em dependência química e psicoterapeuta de treinamento autógeno e de visualização pela Universidade de Berna, na Suíça.
Mediadora: Carla Santos (RS) - editora dos cadernos Empresas & Negócios e Contabilidade e editora-assistente de economia do Jornal do Comércio.

Quarta-feira 27/06/2007 - 19h-22h

Pedagogia do amor - vivendo valores
o Jogos corporativos
o Danças circulares
o Vivências
Dalal El Achkar (SC)
Wannise de Santana Lima (BA) - professora da Faculdade de Tecnologia e Ciências (FTC/SSA). É mestre em inteligência aplicada e consultora educacional nas áreas de tecnologia da educação, convivencialidade e educação à distância.


quinta-feira, 14 de junho de 2007

Jeitos de Ver a Vida


Mudar não é fácil, afinal, muitas das nossas tarefas, de tão rotineiras, acabam sendo automatizadas pelo nosso cérebro. Para ajudar você a reagir ao novo, criando formas de aprendizado que incluem a cooperação, a convivencialidade e o amor é que nós - Wannise Lima e Dalal El Achkar - escrevemos o livro Jeitos de Ver a Vida - Aprender e ensinar.

Apresentaremos dicas de ações pedagógicas que desenvolvam a habilidade para o indivíduo estabelecer relações entre as inúmeras informações que acessa, e competência para fazer uso do que aprende nas suas relações consigo, com o seu semelhante e com o mundo em que vive, usufruindo melhor das suas descobertas e criações.